quarta-feira, 14 de maio de 2008

Forças cinéticas

São um casal e são de Manchester. E têm um par de singles viciantes que se alojam nos músculos da cintura pélvica e a forçam a abanar. É ouvir e não contrariar as forças cinéticas ...


The Ting Tings : That´s not my name




The Ting Tings : Great DJ

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Storyteller

Nick Cave and the Bad Seeds

Coliseu do Porto, 22/04/08

Nick Cave (com)prova que está em forma e, ainda que longe das músicas mais "chorudas" com potencial para playlist, o novo álbum em nada fica a dever à anterior discografia do músico. Aliás, no contexto evolutivo mais recente da sua carreira, faz mesmo todo o sentido. É o fruto das suas últimas experiências. Podia ser um disco com a assinatura Grinderman, mas optou por lhe colocar o selo dos Bad Seeds. Talvez para colmatar a falha temporal desde o último álbum de originais, Abattoir Blues/The Lyre of Orpheus, datado de 2004. Longe das melodias de fazer chorar as pedras da calçada que tão bem conhecemos (e ao som das quais muitas lágrimas alguns de nós já derramaram), a sonoridade rock/blues/country de Dig Lazarus Dig! fez-se sentir no Coliseu do Porto, o que podia não ter agradado aos fãs da faceta mais introspectiva e melancólica de Nick Cave. Facto que não parece, de todo ter assombrado as cerca de 2 horas de música, com direito a 2 encores e o já habitual "rufar" ensurdecedor do bater dos pés no chão com que o publico do Porto costuma presentear aqueles que são alvo da sua devoção. Nick Cave continua a ser um contador de histórias. E dos bons. Daqueles que, com a sabedoria e o saber estar do avançar da idade, ganham muito mais do que perdem.

sexta-feira, 21 de março de 2008

How you do that trick ...


O mais próximo que me foi possível estar de Robert Smith. Um concerto memorável...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Bater o pé e abanar a anca

PNAU

Nick Littlemore e Peter Mayes são os 2 jovens australianos que dão pelo nome de PNAU. Lançaram o primeiro álbum em 1999, de seu nome Sambanova, na altura pela labem Pecking Duck. O álbum, ao que parece, foi retirado do mercado pouco antes de receber um prémio ARIA para melhor disco de dança, tendo sido posteriormente relançado pela Warner australiana. Sou muito sincera ... na altura eu estava voltada para muita coisa que não este tipo de sonoridade. No Myspace da banda, os próprios rotulam-na como Indie. Discutível, mas eles devem saber melhor do que eu. Em 2003 lançaram novo álbum, intitulado Again, do qual também sou muito sincera: pouco ou nada ouvi falar. Os Pnau só chegaram ao meu conhecimento recentemente, no programa do Álvaro Costa na Antena 3. E admito que bastou-me ouvir a fabulosa Embrace para não mais conseguir tirá-la da cabeça. Eu vendo-me com facilidade a grande parte da sonoridade dos anos 80. Escutando com mais atenção o mais recente álbum (homónimo) na sua totalidade, vêm-me à cabeça os Justice. Mas talvez seja apenas impressão minha. De qualquer forma, um bom disco para as pistas de dança. Eu não faço a mínima ideia, mas presumo que já muita gente tenha feito remisturas de misturas de originais da banda. São hits e puxam pelo bater do pezinho e pelo abanar da anca.

Por enquanto, este é o single de avanço para o álbum. Mas eu prevejo muitos mais.


PNAU: Wild Strawberries

sábado, 15 de março de 2008

Antes cuspir para fora que guardar para dentro

Eu sou uma lamechas, eu sei. Mas não consegui evitar chorar nesta música. Não foi por falta de esforço. Esta música carrega às costas toda a minha adolescência. Dá-me sempre a volta ao estômago. Era inevitável. Nem a letra me saíu correcta. Literalmente, embargou-se-me a voz.



The Cure : Pictures of you

Estranho mas soa melhor

Anda por aí uma música a assolar as pistas de dança com a voz de Antony Hagerty. Bizarro? Chamam-se Hercules and love affair, são de Brooklyn (oh, surpresa!) e soa, de facto, estranho, já que falamos de uma voz que estamos habituados a ouvir num registo bem diferente. Mas o melhor de tudo é que até nem soa nada mal. E Antony não parece estar, a qualquer momento, pronto a esvair-se num pranto de lágrimas (que me perdoem os fãs). A música em causa chama-se Blind, e é o primeiro avanço do álbum. Vai um pezinho de dança?


Hercules and love affair : Blind


Myspace

Hipnotismo

The Gutter Twins




Mark Lanegan não consegue estar quieto. Nasceu com bicho carpinteiro e parece ter aversão à inércia. Abençoado seja! Parar é morrer, sempre ouvi dizer. O que contradiz um pouco a sua postura em palco, na única vez que tive oportunidade de o ver ao vivo, aqui à uns anos, quando veio acompanhar os amigos Queens of the Stone Age ao Porto e a Lisboa. Assumia, então, uma postura muito sóbria, aparecendo e desaparecendo em palco quase sem darmos por isso. E depois, quando abria a boca, não havia mais nada ... nem as macaquices do Josh Homme ou as línguas de fora de Nick Oliveri. O poder da voz deste senhor é, diria eu, hipnótico. O novo projecto chama-se The Gutter Twins e é feito em parceria com Greg Dulli, líder dos extintos Afghan Whigs. O álbum chama-se Saturnalia e está disponível desde dia 4 de Março. Dificilmente sairá daqui algo de medíocre. Mark Lanegan seria incapaz de o fazer. Mesmo que tentasse à séria.



Os The Gutter Twins vão passar no Santiago Alquimista no dia 30 de Abril.

Imperdível!