sexta-feira, 21 de março de 2008

How you do that trick ...


O mais próximo que me foi possível estar de Robert Smith. Um concerto memorável...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Bater o pé e abanar a anca

PNAU

Nick Littlemore e Peter Mayes são os 2 jovens australianos que dão pelo nome de PNAU. Lançaram o primeiro álbum em 1999, de seu nome Sambanova, na altura pela labem Pecking Duck. O álbum, ao que parece, foi retirado do mercado pouco antes de receber um prémio ARIA para melhor disco de dança, tendo sido posteriormente relançado pela Warner australiana. Sou muito sincera ... na altura eu estava voltada para muita coisa que não este tipo de sonoridade. No Myspace da banda, os próprios rotulam-na como Indie. Discutível, mas eles devem saber melhor do que eu. Em 2003 lançaram novo álbum, intitulado Again, do qual também sou muito sincera: pouco ou nada ouvi falar. Os Pnau só chegaram ao meu conhecimento recentemente, no programa do Álvaro Costa na Antena 3. E admito que bastou-me ouvir a fabulosa Embrace para não mais conseguir tirá-la da cabeça. Eu vendo-me com facilidade a grande parte da sonoridade dos anos 80. Escutando com mais atenção o mais recente álbum (homónimo) na sua totalidade, vêm-me à cabeça os Justice. Mas talvez seja apenas impressão minha. De qualquer forma, um bom disco para as pistas de dança. Eu não faço a mínima ideia, mas presumo que já muita gente tenha feito remisturas de misturas de originais da banda. São hits e puxam pelo bater do pezinho e pelo abanar da anca.

Por enquanto, este é o single de avanço para o álbum. Mas eu prevejo muitos mais.


PNAU: Wild Strawberries

sábado, 15 de março de 2008

Antes cuspir para fora que guardar para dentro

Eu sou uma lamechas, eu sei. Mas não consegui evitar chorar nesta música. Não foi por falta de esforço. Esta música carrega às costas toda a minha adolescência. Dá-me sempre a volta ao estômago. Era inevitável. Nem a letra me saíu correcta. Literalmente, embargou-se-me a voz.



The Cure : Pictures of you

Estranho mas soa melhor

Anda por aí uma música a assolar as pistas de dança com a voz de Antony Hagerty. Bizarro? Chamam-se Hercules and love affair, são de Brooklyn (oh, surpresa!) e soa, de facto, estranho, já que falamos de uma voz que estamos habituados a ouvir num registo bem diferente. Mas o melhor de tudo é que até nem soa nada mal. E Antony não parece estar, a qualquer momento, pronto a esvair-se num pranto de lágrimas (que me perdoem os fãs). A música em causa chama-se Blind, e é o primeiro avanço do álbum. Vai um pezinho de dança?


Hercules and love affair : Blind


Myspace

Hipnotismo

The Gutter Twins




Mark Lanegan não consegue estar quieto. Nasceu com bicho carpinteiro e parece ter aversão à inércia. Abençoado seja! Parar é morrer, sempre ouvi dizer. O que contradiz um pouco a sua postura em palco, na única vez que tive oportunidade de o ver ao vivo, aqui à uns anos, quando veio acompanhar os amigos Queens of the Stone Age ao Porto e a Lisboa. Assumia, então, uma postura muito sóbria, aparecendo e desaparecendo em palco quase sem darmos por isso. E depois, quando abria a boca, não havia mais nada ... nem as macaquices do Josh Homme ou as línguas de fora de Nick Oliveri. O poder da voz deste senhor é, diria eu, hipnótico. O novo projecto chama-se The Gutter Twins e é feito em parceria com Greg Dulli, líder dos extintos Afghan Whigs. O álbum chama-se Saturnalia e está disponível desde dia 4 de Março. Dificilmente sairá daqui algo de medíocre. Mark Lanegan seria incapaz de o fazer. Mesmo que tentasse à séria.



Os The Gutter Twins vão passar no Santiago Alquimista no dia 30 de Abril.

Imperdível!

Como explicar a canção romântica espanhola?

Vampire Weekend


Qualquer revista de música que se preze já teve uma referência, ainda que mínima, a estes jovens nova-iorquinos. A NME é, particularmente, grande fã. Tudo isto faz, e ao mesmo tempo não faz sentido. A verdade é que a banda é dona de uma sonoridade que soa bem mais "british" do que "new Yorker". Talvez daí venha o seu ainda relativamente recente sucesso em terras de sua majestade. Têm até uma música chamada Oxford Comma. Mas depois há outra chamada Cape Cod Kwassa Kwassa e a coisa fica assim meio baralhada. E, ao que parece, estes meninos são uns palhaços. Ou será a minha imaginação que, quando acede ao myspace da banda, ouve uma vomitante música cantada em espanhol por trás da música que realmente interessa? Sou só eu?



Alegre tristeza

Os Buraka Som Sistema conseguem algo nunca antes alcançado: levam um som feito em Portugal até às pistas de dança de toda a Europa. É que a música que por cá se faz não se resume à melancolia do fado e aos Madredeus, e muito menos ao sucesso "menor" dos The Gift em terras vizinhas. Afinal nós não somos assim tão tristes. Pelo menos não a parte que vai beber às inegáveis raízes africanas. Anseio eu, e muito boa gente, em saber o que vai sair do novo álbum dos Buraka.
Para já, fica a colaboração com a autora de um dos meus álbuns preferidos de 2007. MIA vestiu a t-shirt dos Buraka e o resultado foi algo de extremamente viciante. Eu, pelo menos, ainda não consegui tirar esta música da cabeça.



Buraka Som Sistema : Sound of Kuduro

MTV 2 AM

Pela noite adentro, num dos meus raros momentos de ócio em que me dedico, basicamente, a fazer coisa nenhuma, apanhei isto na MTV2, entalado entre os ACDC na VH1 classic e um piscar de olhos a uma das horríveis músicas de George Michael num outro qualquer canal de música. A conjuntura era favorecedora, sem dúvida, mas a verdade é que gostei. Da música e do vídeo. Consegui, a custo, alcançar o teclado do portátil que se encontrava a poucos centímetros de distância, e procurei no Myspace. Na total prévia ignorância, fui introduzida aos Yeasayer. Há aqui qualquer coisa de Animal Collective, da altura do álbum Feels. E há um fenómeno difícil de ignorar: Brooklyn é o berço de tudo o quanto de interessante anda a surgir no que a música diz respeito. Diria mesmo que aquela zona de Nova York é profícua em parir novos projectos musicais.


Yeasayer : Wait for the Summer



Myspace